A estrutura linear, ou a conhecida dissertação, se compõe de 3 partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Tal estrutura é bastante eficaz quando o objetivo é o convencimento, apesar de não ser a mais original ou crítica dentre as que existem.

A Introdução é a primeira das colocações no texto linear, a primeira das ideias, aquela que apresenta o assunto, que o situa, que dá espaço ao questionamento crítico que será desenvolvido nos argumentos dos parágrafos seguintes.

Por esse motivo, uma boa introdução se configura a partir de uma generalização contextualizadora, que revela o tema e o coloca em destaque, e de uma questão polêmica, questão que deve ter como resposta um A FAVOR e um CONTRA, a tese e a antítese, posteriormente desenvolvidas nos argumentos. A entrada por meio de um debate é sempre uma ótima solução textual, uma vez que ele orienta o pensamento crítico do interlocutor e do próprio autor e os afastam dos temíveis clichês. Outra forma de se configurar uma introdução é inserir um relato exemplar, a narração ou a descrição de um evento que auxilie a apresentação da tese ou da antítese e reforce a ilustração posterior.

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Os argumentos são o resultado, o desenvolvimento da questão proposta na introdução. Eles representam o momento de exploração do tema, que aqui é expandido. Em geral, os argumentos ocupam a maior parte do texto e são subdivididos em três categorias, cada qual em um parágrafo: Tese, Antítese e Ilustração. A Tese apresenta uma posição favorável ao tema indicado na introdução. Ela se estrutura por meio de uma frase de defesa e uma ou duas frases de argumentos que sustentem tal defesa, que explicitem a tese. A Antítese apresenta uma posição contrária ao tema mencionado na introdução. Obrigatoriamente ela deve se relacionar com a Tese para que o paralelismo seja mantido. A Ilustração é o momento em que, embasado na realidade concreta, o autor oferece exemplos do que acabou de dizer na Tese e na Antítese.

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A Conclusão é a síntese da Tese e da Antítese. É o ponto final da evolução de um texto. Uma boa conclusão, entretanto, não é, como se pensa, aquela que repete as mesmas ideias desenvolvidas ao logo do texto. Tal repetição quebra com a linearidade proposta e provoca desinteresse no leitor. Uma boa conclusão, então, é aquela que reabre o debate, que encaminha a reflexão na direção de uma nova problemática, por meio de uma nova questão. Este é o momento em que a crítica do autor deve ficar mais evidente, em que o caráter único e pessoal da escrita daquele autor pode se manifestar claramente.