Depois de alguns anos de estudos, é chegada a hora de escrevê-lo. O TCC, Trabalho de Conclusão de Curso, que pode ser feito individualmente ou em grupo, ou a Monografia, trabalho de conclusão individual, é a etapa final de um longo processo de aprendizado. Esta etapa pode ser exigida como requisito parcial de aprovação de um curso de especialização, de graduação ou pós-graduação.
Mas você sabe por onde começá-lo? Como estruturar esse tipo de texto?
Em primeiro lugar, o TCC deve, em sua redação, revelar todo o conhecimento adquirido durante estes anos de estudo, todavia, sem configurar um texto abrangente e caótico, repleto de referências e leituras pregressas. Isto pode ser feito apenas de uma maneira: por meio do recorte temático. O recorte temático pode ser entendido como o afunilamento dos temas que foram estudados pelo aluno em busca de um único tópico original, bem definido e bem amparado teoricamente. Por exemplo, um aluno de Letras pode pesquisar uma obra ou autor que tenha despertado seu interesse ao longo da graduação, mas deve, antes de tudo, escolher um aspecto dessa obra ou autor para trabalhar a fundo. Se ele eleger a obra “Dom Casmurro” de Machado de Assis, terá de procurar um tema pouco explorado pela crítica e por outras monografias/dissertações/teses, o que pode ser um trabalho bastante demorado e complexo.
Feito o recorte, é hora de se dedicar às leituras. Procure autores conhecidos, que tenham peso na sua área ou que tenham sido citados por outros autores. Essa busca confere autoridade a seu próprio texto. Também é necessário que seja feita uma seleção de leituras: ler muitas obras, por vezes, desloca o foco do aluno e o deixa perdido em um mar de referências.
E por onde começar a pesquisar? Procure monografias, dissertações e teses nas bases de dados de Universidades públicas, geralmente abertas para download. Em seguida, procure artigos em bases de dados como o Jstor, a Scielo, a base CAPES, a Elsevier etc. Em geral, tais bases são pagas (muito bem pagas!), então procure saber se sua universidade possui a assinatura delas. Por último, mas não menos importante, faça uma boa pesquisa na biblioteca de sua universidade e de universidades públicas. Peça uma ajudinha aos buscadores online, eles facilitarão o seu trabalho.
Uma dica preciosa, no momento da leitura, é fazer o fichamento dos textos lidos. Isto é, grifá-lo, anotá-lo e comentá-lo em uma folha à parte, como uma “ficha de estudo”. O fichamento é, basicamente, um resumo bastante pessoal que deve destacar as principais ideias do texto e conter as citações mais importantes, estas devidamente referenciadas. Não se esqueça de colocar, no topo do fichamento, o nome do autor, o título da obra, o capítulo, se necessário, a editora, local e ano de publicação, e páginas, se for o caso. Este trabalho economizará o seu tempo no momento da organização das referências bibliográficas. Na rede, existem alguns aplicativos e sites gratuitos que podem te ajudar nesta tarefa, como o More, o Mendeley e o Zotero.
Aliás, no momento da citação e da confecção da Bibliografia, atente às normas da sua escola ou universidade. A maioria adota as normas da ABTN, mas isso não é regra. De todo modo, é interessante que o aluno conheça a normalização oficial brasileira e que baixe o manual da ABNT como guia.
Lembre-se de que citar é uma das partes mais importantes e complicadas da redação de um TCC. Citar é dar voz a outro autor. Você pode reproduzir sua fala integralmente, por meio da citação direta, entre aspas, com as devidas referências, ou por meio da citação indireta, ou paráfrase, isto é, a reformulação do que disse o autor, sem jamais copiá-lo e também, atenção, indicando sua referência (data, obra, ano etc.). A cópia ipsis litteris é considerada crime!
Outra dica que o SOMA aqui destaca é a organização do TCC em partes, isto é, a estruturação do texto em capítulos que devem seguir aquela velha lógica: Introdução – Desenvolvimento – Conclusão. A conclusão é o momento clímax de seu trabalho: é nela que todas as ideias se juntam em um todo coeso e inovador. Concluir não é reiterar, apenas. É também abrir a discussão em direção a novos horizontes. Já a Introdução é o momento da apresentação do trabalho.
Por último, sempre envie o seu texto para um colega ou professor ler, além de seu orientador. É importante que tenhamos opiniões diversas. Além disso, nós sabemos que o olhar do outro sempre enxerga erros que os nossos olhos não veem.
Bem, o trabalho é árduo, há muitos passos a seguir, muitas coisas a fazer. Mas o resultado é sempre positivo, não? E lembre-se de que o SOMA pode te ajudar: contamos com uma equipe de professores e profissionais habituados com a academia e seus textos que vai te orientar nas leituras, na pesquisa bibliográfica e na redação. Ah, e se precisar apenas daquela revisão gramatical e de conteúdo, ou da tradução de seu abstract, saiba que o SOMA também oferece estes serviços 🙂