Em abril o SOMA trará a vocês uma série de textos e dicas a respeito de como estudar. Lembrando que o quanto antes se começa, melhor será o resultado nos exames de vestibular. Assim, damos início à nossa temática mensal explorando algumas técnicas de estudo e sua eficácia no processo de aprendizado.

Uma pesquisa recentemente publicada na revista Psychological Science in the Public Interest chegou a avaliar dez técnicas de estudo bastante comuns. O resultado foi espantoso: muitas estratégias usadas pelos estudantes, como o grifo, a associação entre imagem e texto, a releitura, revelaram-se como estratégias de baixa eficácia durante o estudo. De eficácia moderada se mostraram a auto-explicação e o estudo intercalado. Já de alta eficiência se revelaram o teste prático e a prática distribuída.

Deste modo, vejamos uma a uma as técnicas analisadas e quais são os seus efetivos resultados. Mas, não nos esqueçamos: estas são análises gerais; o que funciona para uma pessoa, pode não funcionar para outra, e vice-versa.

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Grifar

De acordo com o mencionado estudo, tal estratégia é de baixa eficácia. Grifar partes importantes do texto é uma atividade que não requer esforço por parte do aluno. Ele não precisa fazer conexões e questionamentos, por isso a técnica é considerada ineficaz. O cérebro, de fato, não tem o trabalho de organizar ou criar conhecimento.

Reler

Outra técnica considerada de baixa eficácia. A pesquisa mostrou que certas leituras, como a massive reading, é mais efetiva do que resumo ou grifos. Porém, se a releitura ocorrer imediatamente depois da leitura, por diversas vezes, pode ser bastante eficaz.

Decorar

Técnicas de memorização, o vulgo “decoreba”, também não funcionam. Da mesma forma, os chamados mnemônicos, fórmulas fáceis de serem lembradas, muito comuns em apostilas de concurso, possuem pouca eficácia. Apenas quando palavras-chave são utilizadas nesse processo, o ato de decorar pode ser eficiente.

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Visualização

Imaginar figuras enquanto se lê um texto também é pouco eficaz, diz o estudo. Apenas quando se tentava memorizar curtas frases é que tal estratégia se revelou positiva.

Resumos

Resumir também não é uma prática com efetividade alta. Ao menos não para aqueles que não dominam a técnica de confecção de resumos.

Interrogação elaborativa

A técnica, que consiste na criação de explicações que justifiquem a veracidade dos fatos, se revelou moderadamente eficaz. Perguntas como “por que?”, “como”, “quando” etc., nesse processo, são bastante úteis.

Auto-explicação

Tal técnica, de eficácia moderada, é a atividade de explicar um tema a você mesmo em outras palavras. Ela é mais efetiva quando utilizada durante o aprendizado, não após o estudo.

Estudo intercalado

Em outras palavras, o estudo intercalado é a alternância de disciplinas. Ele é bastante efetivo quando utilizado no estudo das ciências exatas.

Teste prático

A realização de testes sobre o tópico estudado é uma ótima forma de estudo. Tal técnica chega a ser até duas vezes mais eficiente que as outras.

Prática distribuída

Tal técnica consiste na distribuição do estudo ao longo do tempo, em vez de concentrá-lo em um período curto. Se se precisa lembrar de algo por cinco anos, o estudo deve ser espaçado a cada seis meses; se precisa lembrar em uma semana, o estudo deve ser diário. E, não se esqueçam, o período de descanso é extremamente importante.

Então é isso, galera! Aproveitem estas dicas e coloquem-nas JÁ em prática. E lembrem: o SOMA pode ajudá-lo, indicando qual é o caminho que deve ser seguido nos estudos. Conheçam nossas propostas!