Dando continuidade ao nosso tema de dezembro, a Fonoaudiologia, hoje vamos falar sobre o DPAC, ou Distúrbio de Processamento Auditivo Central. Mas o que é o Processamento Auditivo Central? Por que ele é tão importante no processo de aprendizado?
O PA (Processamento Auditivo) é a maneira como o sistema auditivo e, portanto, o sistema nervoso, recebe, analisa e utiliza a informação auditiva. Isto é, o quão eficaz é o cérebro no processamento do que foi ouvido e no desenvolvimento das seguintes habilidades: localização e laterização; reconhecimento do padrão auditivo; discriminação auditiva; discriminação temporal; performance auditiva.
Tal processamento envolve diversas atividades neurocognitivas: o estímulo sonoro, recebido pelo ouvido, percorre várias estações do tronco cerebral até chegar no córtex cerebral. Neste percurso, uma rede complexa de neurônios atua, e a linguagem e a memória são ativados. Por essa razão, todas as estruturas envolvidas devem estar em perfeito estado.
O Processamento Auditivo Central relaciona-se com habilidades que são desenvolvidas desde o nascimento, tais como o reconhecimento de um som, a localização dele, a memorização e associação de tal som a um objeto/pessoa/animal etc. A dificuldade em receber ou processar o som, destarte, pode estar associada a dificuldades de aprendizado, de linguagem, à pouca exposição às experiências auditivas desde a infância ou, de outro lado, à idade e às perdas auditivas relacionadas ao avanço cronológico.
O transtorno no PAC apresenta como sintomas a dificuldade de atenção, de compreensão, de audição, de concentração, de aprendizagem, de localização do som, de interpretação, a dificuldade em atender a ordens, bem como a falta de memória, a confusão ao narrar fatos, a agitação excessiva, a dificuldade no entendimento de piadas ou palavras de duplo sentido, a inversão de letras ao escrever (b, d, p, q), a troca de sons na fala, principalmente R e L e o baixo rendimento escolar.
Caso a pessoa apresente algum destes sintomas acima elencados, um encaminhamento deve ser feito a um otorrinolaringologista e/ou um neurologista, e/ou um fonoaudiólogo especializado na área para que uma avaliação seja feita. Entre os exames que podem ser solicitados, destacamos a audiometria (exame que mede o nível de audição por meio da intensidade e frequência), o exame de Emissões Otoacústicas (exame que avalia a resposta das células ciliadas externas da cóclea), a Imitânciometria (exame que avalia o sistema tímpano-ossicular e a via do reflexo estapédico), a avaliação do Processamento Auditivo (analisa o desempenho das habilidades auditivas por meio de avaliação comportamental), o exame de Localização Sonora (percepção da origem da fonte sonora), o exame de Fala Filtrada (recepção da mensagem quando parte dela é omitida) e o exame de Potenciais Auditivos Evocados (verificação da atividade do sistema auditivo por meio de um estímulo acústico). Através de tais exames, o profissional da saúde poderá avaliar de maneira correta como se comportam as seguintes funções auditivas: detecção, localização, reconhecimento, discriminação, atenção e memória.
A partir dessa avaliação, o fonoaudiólogo pode ajudar no desenvolvimento das habilidades comprometidas ou na compensação das dificuldades por elas causadas.
O SOMA, preocupado com o aprendizado global do aluno, tem em sua equipe o profissional da Fonoaudiologia. Caso o aluno apresente alguma das dificuldades elencadas, ele passará por uma avaliação com nossos profissionais para que seu aprendizado pode ser encaminhado da melhor maneira possível. Conheçam a nossa equipe e tudo o que o SOMA pode fazer por seu aluno.