Mal acabou o ano de 2014, e 2015 está aí. Após as despesas com as festas e as férias, mais um gasto vem se somar ao orçamento familiar: a compra do material escolar. Quem tem filhos sabe o que todo início de ano ou de semestre representa: um gasto, às vezes, fora do planejamento financeiro de uma família. E, claro, o mercado é regido pela lei da oferta e da procura. Conclusão: é justamente nesse período que o preço dos materiais se eleva.
Por essa razão, hoje o SOMA dá algumas dicas de como planejar e organizar o ano escolar a partir das famigeradas listas de livros e materiais enviadas pelas escolas.
Em primeiro lugar, antes de ir às compras, papais e mamães, vejam o que sobrou do ano anterior e que pode ser reaproveitado. Uma dica legal é chamar as crianças para uma espécie de “caça aos materiais”, uma busca nos armários e gavetas por aquilo que restou do semestre. Feita esta busca, analise o estado do que possuem em casa e, se for o caso, invistam em uma repaginação. Um caderno, por exemplo, pode ficar muito legal com uma capa feita pela própria criança e que envolva um tema ou herói do qual ele goste.
Outra dica importante, neste momento, é ensinar as crianças sobre o valor das coisas e as prioridades de gasto. É essencial que elas compreendam que tudo o que querem tem um preço, e que certos materiais e livros são mais importantes do que a mochila da moda. A economia deve ser um conceito claro desde cedo.
Aliás, evite levar as crianças nas compras: eles acabarão por escolher o material da moda, geralmente mais caro, e é difícil ceder em cima da hora. O que deve ficar claro é que nem tudo o que é de marca, ou está na moda, é o melhor. Há marcas alternativas tão boas quanto e com o preço bem mais acessível. Pesquise na internet, em seu buscador: você pode encontrar produtos ótimos aos quais jamais prestou atenção. O contrário também vale: não busque o mais barato. Lembre-se, também, de que o barato pode sair caro. E atenção às falsas promoções: há estabelecimentos que mascaram descontos. Veja a relação custo/benefício, compre consciente!
Outra iniciativa legal é pedir emprestado livros de colegas de outros anos. Há escolas que já trabalham com este esquema de reciclagem e doação. E faça o mesmo, caso adquira esses materiais: passe para frente, ajude outro aluno. Caso não os consiga deste modo, procure em sebos ou sites como a Estante Virtual: os preços são ótimos e, geralmente, os livros estão em bom estado.
Uma alternativa, em relação a materiais como lápis, caderno e caneta, é se juntar aos pais de outros alunos para fazer uma compra coletiva no atacado. O desconto, nestes casos, é bastante significativo. Ou então, procure em sites de livrarias e papelarias: o valor da internet é, em geral, bem menor do que o da loja, e você tem a possibilidade de pagar de diversas formas, inclusive parcelar. Além disso, não há gasto com combustível e nem estresse com o tempo dispensado. Em último caso, vá à loja física. E se for, procure lojas vizinhas, nas quais a concorrência permita a diferença de preço. Além disso, tente negociar os valores com o gerente ou o vendedor. Seja paciente e não leve todos os itens de uma mesma loja, a menos que o desconto negociado valha a pena. E, na loja, prefira pagar à vista: certamente haverá uma redução no preço.
Outro ponto importante a ser reforçado é que se deve apenas comprar os materiais mais básicos, e deixar o restante para depois do início das aulas, quando os preços tendem a cair. Como muita coisa será utilizada a longo prazo, basta que haja uma negociação com a escola em relação a essa compra. E atenção! A escola NÃO pode pedir itens de uso coletivo, como sabonete, papel higiênico, produtos de limpeza etc. E tampouco exigir a compra de um material de tal ou tal marca em uma ou outra loja específica.
Por último, tente não planejar esta compra, no próximo ano, em cima da hora. Vá comprando aos poucos durante o ano, quando encontrar ofertas. E separe uma quantia para esta tarefa: planejamento, caros, é tudo!